PASSARINHO ATRASADO,

ASAS SEM VOO.

Certos veículos de imprensa quando se reportam a política de Barra Mansa, por vezes nos divertem. Como destaque numa importante coluna de não menos importante jornal da região, na edição de hoje, vem a informação "bombástica" de uma "fonte" do jornal, ora chamada de "passarinho", que a vice da chapa de Inês Pandeló será o empresário Bruno Marine. Entre outras alusões, a matéria diz que Ruthinha, cansada e desgastada, vai concorrer ao legislativo para fortalecer a legenda (PP), visto que tem um "grande coração".

Já faz meses que cantamos essa pedra e reiteramos no feriadão, porém, ao nosso ver, a história tem outros fundamentos. Ruthinha não declinou de ser candidata a majoritária, simplesmente porque nunca foi. Vice ela já era e não agradou nem a si mesmo. Seu anúncio de uma suposta candidatura a prefeitura, uma semana antes do prazo para mudanças partidárias permissíveis para o pleito, deveu-se a previsão de uma debandada de pré-candidatos do PP para outras siglas, visto que a expectativa era de que eles simplesmente seriam bucha de canhão para a eleição de Ruthinha para o legislativo. Com o anúncio inusitado, acalmou-se a tropa e todos ficaram amarrados pelos prazos eleitorais legais. Evidente também que caso o balão de ensaio levantasse voo, Ruthinha não se faria de lograda e tentaria a prefeitura, mas certamente não era essa a grande expectativa. Agora, só lhe restou o que já era previsto, haja vista que o PP de Barra Mansa tem três correntes: uma, a dela mesma; a outra, capitaneada por Magno Andrade; e a terceira, mais forte e decisiva, chefiada pelos empresários Rilmo (Calçados) e Bruno Marine, que sempre teve um relacionamento muito estreito com Inês, e isso é que definiu a parada. O resto é "historinha" vencida de fonte atrasada.

Alguns notáveis e valorosos segmentos da imprensa sediados em Volta Redonda poderiam gastar mais horas de jornalismo em nossa cidade ao invés de aterem-se tão somente aos boletins e releases oficiais encaminhados pela prefeitura, ou viajarem nas "asas' de estagiários sem muita noção. Certamente as notícias seriam mais ágeis e as informações mais precisas.